sexta-feira, 27 de junho de 2014

Experiências doidas do Cacá

Um dia de frases intrigantes

Cassiano Fernandez

Vínhamos caminhando em direção ao metrô da Central, eu e meu adorável acompanhante, o Mineiro, Hindu, André Hissa.

Ao passarmos por um ponto de ônibus presenciamos a seguinte cena: um motorista de ônibus, claramente tirando onda com a cara de uma senhora idosa, acelerava o veículo toda vez que esta solicitava a sua parada, até que após a repetição deste ato por algumas vezes, a senhora entrou em estado de fúria e começou a esmurrar a vidraça da porta do ônibus.

Foi, então, que um jovem que estava atrás de mim e do André começou a instigar a senhora dizendo:

- Vai lá, vovó! Desce o cacete mesmo, e manda pedra nesse ônibus!

Exclamando em voz alta para todos ouvirem, continuou falando:

- É assim que devemos agir nessas horas, usando sempre de violência.

Eu, assustado com aquela cena deplorável, pois nunca havia presenciado tal modo de agir, continuei meu caminho apreensivo, mas com uma estrondosa e irônica gargalhada que vinha do fundo da minha alma.

Ao chegar na estação, enquanto esperava aquela geringonça que anda a 0,01 Km/h, chamada por mim de plataforma de corrimão, comecei a escutar frases religiosas proferidas por um homem com um megafone nos seguintes termos:

- ... então Jesus vai lá e enfia uma porrada na cara do Capeta.

Ao ouvir tal despropósito, pensei:

- Era só o que faltava.

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