terça-feira, 25 de novembro de 2014

Notícia triste

É com grande tristeza que o Comdef-Rio informa que seu conselheiro e querido companheiro de lutas pelos direitos das pessoas com deficiência João Carlos Farias, representante do IBDD, faleceu na última quinta-feira, dia 20/11, vítima de um infarto fulminante.

A missa de sétimo dia será amanhã, dia 26, às 18h, na Igreja do Largo do Machado.

sábado, 22 de novembro de 2014

Espaços deficientes

O Globo, Opinião, 22/11/2014:

Espaços deficientes

GRACIELA POZZOBON DA COSTA

Pode uma menina cega assistir a uma peça de teatro e ao fim sair comentando sobre detalhes do cenário e figurino? Pode um rapaz surdo ir a um musical e se emocionar com a letra das músicas que compõem a trilha? Pode uma pessoa cega ser júri de um festival de cinema? Pode um grupo de amigos cegos ir ao teatro e ler o programa sem ajuda?

As situações descritas acima têm acontecido ultimamente, graças a alguns recursos de acessibilidade, que, quando bem aplicados, permitem que pessoas com deficiência visual e auditiva absorvam o conteúdo imagético e sonoro de um evento.

A audiodescrição e material em Braille para as pessoas cegas, a interpretação em Língua Brasileira de Sinais e as legendas em português, para as pessoas surdas, são os recursos de acessibilidade responsáveis por quebrar barreiras, estabelecer um novo patamar de convívio e minimizar a desigualdade histórica de oportunidades à qual as pessoas com deficiência estão submetidas.

Segundo a ONU, cerca de 10% da população mundial, aproximadamente 650 milhões de pessoas, vivem com uma deficiência e cerca de 80% dessas pessoas vivem em países em desenvolvimento. Diante desta constatação, todos os esforços para diminuir as barreiras que impedem o acesso desta parcela da população às atividades cotidianas deveriam estar no centro das discussões e planejamentos dos governos. Enquanto isso não acontece, devemos atribuir à palavra “deficiente” aos locais que não estão adaptados a receber o público na sua totalidade.

No atual sistema de produção cultural do Brasil, grande parte dos projetos é realizada via leis de renúncia fiscal, ou seja, através de impostos de todos os brasileiros, incluindo as pessoas com deficiência visual e auditiva. Desta forma, seria razoável que este grupo também tivesse acesso às obras produzidas.

Leis e editais que indiquem a aplicação dos recursos de acessibilidade nos projetos culturais, políticas públicas, diálogo entre setores e linhas de financiamento são ações urgentes que apenas se esboçam no horizonte.

Enquanto se aguarda a reação dos poderes a este movimento que já vem se consolidando há mais de uma década no Brasil pelo esforço de líderes da causa das pessoas com deficiência, profissionais engajados e alguns agentes culturais pioneiros no poder público e privado, cenas como as descritas no início deste texto continuarão acontecendo. É certo que com uma frequência muito aquém do ideal, mas em consistente crescimento ao longo dos anos.

Em um panorama ideal, todos os cinemas e teatros disponibilizariam recursos de acessibilidade. Não ouviríamos mais falar em “sessões especiais” para pessoas com deficiência e sim em ambientes para todos, onde os recursos estão disponíveis para quem precisa. As pessoas com deficiência escolheriam o programa como qualquer outra pessoa do público.

Quando os eventos forem feitos para todos, as deficiências estarão em segundo plano e seremos simplesmente pessoas vivenciando uma experiência, independentemente das diferentes necessidades de cada um.

Quem já teve a oportunidade de participar de um acontecimento onde os recursos de acessibilidade estão disponíveis e as diferenças são respeitadas sabe que a inclusão não faz bem apenas para as pessoas com deficiência, mas sim para todos. A possibilidade do convívio pleno é transformadora e fortalecedora para todos os indivíduos indistintamente e nos coloca em um novo patamar de evolução.

Graciela Pozzobon da Costa é atriz e especialista em audiodescrição

Fonte: O Globo

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Rio+inclusivo


Participe de um grande movimento de cidadania

O Ministério do Trabalho e Emprego, o INSS e o Senac RJ convidam você para a maior feira de oportunidades de trabalho para pessoas com deficiência já realizada no Estado do Rio de Janeiro.
Grandes grupos empresarias estarão reunidos no mesmo espaço para divulgar mil oportunidades de emprego nos mais diversos setores de atuação.
E mais: serão oferecidos serviços de consultoria sobre benefícios previdenciários, emissão de carteira de trabalho e cursos de qualificação.
Aproveite esta chance. Esperamos você! Entrada gratuita.

Importante: Não esqueça de levar os seguintes documentos:
Original do documento de identidade e CPF
CID (Código de Identificação da Doença)
Comprovante de residência
Currículo (opcional)

Dia: 17 de novembro de 2014
Hora: 9h às 17h
Local: Centro Politécnico do Senac RJ
Rua 24 de maio, 543 – Riachuelo (Acesso Rua Paes de Andrade, 25)

Transfer especial: Metro São Cristóvão x Politécnico x Metro São Cristóvão (circular)

domingo, 9 de novembro de 2014

Lei de reserva de vagas é desrespeitada no estado

Ministério vai intensificar a fiscalização. Só 30% das empresas cumprem essa legislação
HENRIQUE MORAES

Rio - Apenas três em cada dez empresas no Rio atendem integralmente à Lei 8.213/91 que determina oferta de vagas de empregos a pessoas com deficiência (PcD). Segundo auditoria da Superintendência Regional do Trabalho do Estado do Rio (SRTE/RJ), órgão vinculado ao Ministério do Trabalho, das aproximadamente 3.800 companhias obrigadas a cumprir a lei de cotas, somente 1.140 (30%) estão em dia com a legislação de reserva de oportunidades para esse público. De olho nas oportunidades de vagas temporárias no fim de ano, a superintendência intensificará a fiscalização nas contratações.

Igor Baiense, que tem deficiência visual parcial, trabalha na Shell desde 2012. Ele usa um leitor de tela com mensagem de voz
Foto:  Divulgação

“Se empregam temporários, por ocasião do Natal ou qualquer outro evento, essas vagas também integram a base de cálculo da cota de pessoas com deficiência. Então, as empresas devem ficar atentas em observar o percentual mínimo de empregados com deficiência. Eles devem fazer parte do quadro de funcionários”, alerta Joaquim Travassos, coordenador do Projeto de Inserção de PcD no Mercado de Trabalho da SRTE/RJ.

Travassos informa que no ano passado 70% (903) das 1.290 empresas fiscalizadas foram multadas. Ele relata que a maioria tentar justificar, sem sucesso, a falta de mão de obra qualificada.

“A ausência de qualificação é característica do mercado de trabalho brasileiro como um todo e não pode servir de justificativa para não contratar deficientes, que encontram mais barreiras para se qualificar”, avalia.

Igor Melman Reis Baiense, 27 anos, analista de relações com a mídia da Shell Brasil Petróleo, é deficiente visual parcial, mas isso não o impede de exercer as funções na petroleira. Ele foi contratado em agosto de 2012. Para suprir a baixa visão, ele usa o aplicativo Jaws (leitor de tela para deficientes visuais).

“Com a tecnologia, consigo ler qualquer coisa. Sou uma pessoa produtiva como qualquer outra de visão plena. Não podemos relaxar em função de nossa condição. Devemos nos qualificar. As oportunidades existem e cada vez mais o mercado absorve”, comenta.

Para dar oportunidades ao pessoal com deficiência, no próximo dia 17, cerca de 50 empresas de diversos setores vão oferecer 1.200 vagas de empregos no evento Rio Mais Inclusivo, no Centro Politécnico do Senac RJ, no bairro do Riachuelo, Zona Norte. Na ocasião, a inscrição fará cadastro para 200 vagas gratuitas de cursos de qualificação. A iniciativa é parceria entre a SRTE/RJ, a Gerência-Executiva do INSS do Rio/Centro e do Senac RJ.

Para reduzir o preconceito

Para reduzir o alto número de empregadores que não cumprem a lei de cotas, o superintendente Regional do Trabalho e Emprego no Rio de Janeiro, Antônio de Albuquerque Filho, diz que a SRTE/RJ busca estimular a conscientização das empresas, principalmente por meio dos setores de Recursos Humanos.

"O trabalhador com algum tipo de limitação física ou mental, por exemplo, pode ser tão eficiente quanto qualquer outro. Os problemas encontrados por eles são os mesmos das pessoas sem deficiências, como a baixa escolaridade e a baixa qualificação. O que falta é a oportunidade”, avalia.

O coordenador do Projeto de Inserção de Pessoas com Deficiência da SRTE/RJ, Joaquim Travassos, lembra que desde 2011 o governo federal vem adotando novas ações em benefício desse grupo por meio do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência — Viver sem Limite (Decreto 7.612/11). Segundo Travessos, o plano tem ações desenvolvidas por 15 ministérios e a participação do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade).

“O Viver sem Limite envolve todos os entes federados e prevê um investimento total de R$ 7,6 bilhões até o fim de 2014 em ações que ajudem a inserção dos PcDs. Além disso, alguns órgãos públicos promovem atividades de sensibilização nas empresas para a quebra do preconceito”, diz.

Fonte: O Dia



quinta-feira, 6 de novembro de 2014

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Pessoa com Deficiência: Saúde na Atenção Básica


Pessoa com Deficiência: Saúde na Atenção Básica
Ciclo de Debates Comdef-Rio - 2014

PALESTRANTES

Patrícia Albuquerque
Acesso nas Unidades Básicas de Saúde

Luciene Cinti
Ações no NASF - Núcleos de Apoio à Saúde da Família para pessoas com deficiência

Rozeli Amaral
Dança com pessoas com deficiência numa Clínica de Saúde da Família

Nair Saraiva de Almeida
Colegiado Gestor

***
PROGRAMA
Dia 13 de novembro, quinta-feira

14h - Abertura
14h15m - Patrícia Albuquerque
14h45m - Luciene Cinti
15h15m - Rozeli Amaral
15h45m - Nair Saraiva de Almeida
16h15m - Debate
17h - Encerramento

***
Av. Presidente Vargas, 1997, Auditório 311
Centro - Rio de Janeiro/RJ
Tel.: (21) 2224-1200

Encontro com a Justiça, em 31/10/2014