quinta-feira, 28 de maio de 2009

Vamos começar a formar brasileiros sem preconceito ou discriminação

Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da OAB-RJ:

Vamos começar a formar brasileiros sem preconceito ou discriminação

Seminário e Audiência Pública “Plano Nacional pela Primeira Infância e as Crianças com Deficiência”

Vem sendo discutido no Brasil o projeto de um Plano Nacional pela Primeira Infância, iniciativa da Rede Nacional Primeira Infância, que congrega diversas instituições dedicadas às crianças brasileiras.

A Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da OAB-RJ constatou que, até o momento, o texto deste projeto, a despeito de todas as audiências públicas realizadas pelo país, não contempla adequadamente as crianças com deficiência e não contou na sua elaboração com a participação de pessoas com deficiência ou seus representantes, tanto da sociedade civil organizada como do poder público.

Com o objetivo de proporcionar a participação das pessoas com deficiência e seus representantes institucionais na elaboração do texto final deste Plano, antes que ele seja encaminhado para o presidente da República e para o Congresso Nacional e se traduza em políticas públicas nas três esferas de governo, a Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da OAB-RJ decidiu convidar o segmento das pessoas com deficiência para um seminário, combinado com audiência pública, para dar sua contribuição ao texto e, assim, fazer com que as crianças com deficiência sejam adequadamente contempladas pelas políticas públicas que venham a ser implementadas com a adoção deste projeto e recebam os cuidados necessários nesta fase fundamental da vida que é a primeira infância.

Com a mesma finalidade, a CDHAJ-OABRJ convida representantes do Poder Executivo nas esferas municipal, estadual e federal para participarem do seminário / audiência pública e exporem as medidas que estão sendo executadas e as que estão previstas no campo pertinente à questão das crianças com deficiência brasileiras.

As contribuições colhidas no seminário / audiência pública serão encaminhadas pela CDHAJ-OABRJ à Rede Nacional Primeira Infância para inclusão no texto final do Plano.

Programação

1 – Data: 4 de junho de 2009

2 – Local: OAB-RJ – Av. Marechal Câmara, 150, 9° andar, Rio de Janeiro/RJ

3 – Credenciamento (10h às 11h)

4 – Abertura da mesa técnica – Wadih Damous / Presidente da OAB-RJ (11h às 11h20m)

5 – Palestra sobre a área das deficiências intelectuais – Cláudia Grabois / Presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (11h20m às 11h40m)

6 – Palestra sobre a área das deficiências físicas – Andrei Bastos / Jornalista militante dos direitos da pessoa com deficiência e membro colaborador da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da OAB-RJ (11h40m às 12h)

7 – Palestra sobre a área das deficiências sensoriais – Laercio Sant’Anna / Analista de Sistemas desde 1988 na PRODAM - Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo (12h às 12h20m)

8 – Debate (12h20m às 13h20m)

9 – Intervalo (13h20m às 14h20m)

10 – Abertura da mesa política – Margarida Pressburger / Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da OAB-RJ (14h20m às 14h40m)

11 – Palestra do plano municipal – Márcio Pacheco / Secretário Municipal da Pessoa com Deficiência / Rio de Janeiro (14h40m às 15h)

12 – Palestra do plano estadual – Betânia Freitas de Souza / Subsecretária de Estado de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos - RJ (15h às 15h20m)

13 – Palestra do plano federal – Paulo Vannuchi / Ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos / Presidência da República (15h20m às 15h40m)

14 – Debate (15h40m às 16h40m)

15 – Encerramento e café (16h40m)

***

Clique aqui para download do Plano com as primeiras observações.

Lá vem eles de novo…

—– Original Message —–
From: Paulo Romeu
To: undisclosed-recipients
Sent: Thursday, May 28, 2009 9:26 AM
Subject: [convencaoonu] Fwd: ENC: Andamento de proposição

Lá vem eles de novo…

—–Mensagem original—–
De: tramitacao@camara.gov.br
Enviada em: quinta-feira, 28 de maio de 2009 01:43
Para:
Assunto: Andamento de proposição

- Acompanhamento de Proposições

Prezado(a) Paulo Romeu,

Segundo solicitação, informamos que as proposições abaixo sofreram movimentação.

PL 7699/2006 - Institui o Estatuto do Portador de Deficiência e dá outras providências.

- 27/05/2009 Apresentação do Requerimento nº 4866/2009, pelo Deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que requer a inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 7.699, de 2006, que Institui o Estatuto do Portador de Deficiência e dá outras providências.

Atenciosamente,
Câmara dos Deputados

***

Leia também:

Essa gente do Estatuto do Coitadinho não desiste!,
A Convenção de 13 de maio,
Que mêda!,
Nós acreditávamos em Papai Noel,
Estamos sendo enganados,
Miro Besteira,
Eles não sabem o que fazem,
Estatuto do coitadinho.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Conheça o Daisy

O que é DAISY?

DAISY - Digital Accessible Information System – é um padrão usado mundialmente para produção de livros acessíveis.

Livros digitais no formato internacional de acessibilidade.

O livro no formato Daisy permite a navegação no texto escrito ou falado, por meio de um aplicativo de leitura instalado no computador, além da reprodução de arquivos de áudio em equipamentos específicos.

A produção de livros em formato Daisy 3.0 está alinhada ao processo global de acessibilidade para deficientes visuais e pessoas que apresentam algum tipo de limitação na leitura, como idosos, deficientes físicos e disléxicos.

Esta é a principal característica dos livros em Daisy: disponibilizar informações de forma inclusiva, ou seja, para que todas as pessoas possam acessá-las.

A Fundação Dorina Nowill para Cegos disponibiliza gratuitamente livros em formato Daisy 3.0 para as pessoas com deficiência visual em todo o Brasil.

Solicite empréstimo gratuito das obras na Biblioteca Circulante da Fundação Dorina Nowill: (11) 5087-0960 5087-0991 ou biblioteca@fundacaodorina.org.br.

(Saiba mais)

terça-feira, 19 de maio de 2009

Manifesto por “Minha Casa, Minha Vida” acessível

Prezados(as),

Segue abaixo um manifesto onde exigimos que o programa “Minha Casa, Minha Vida” seja acessível para pessoas com deficiência.

Como a MP ignora em seu texto os princípios do desenho universal e da acessibilidade, ignorando a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência que vigora em todos território nacional com equivalência de Emenda Constitucional, viola os direitos humanos das pessoas com deficiência.

Não aceitaremos um programa que não reconheça a igualdade de direitos, e para isso pedimos a sua colaboração.

Participe dessa campanha!

Para facilitar siga os seguintes passos:

1º Passo

Acessar o site da Câmara dos Deputados aqui:
http://www2.camara.gov.br/canalinteracao/faledeputado

2º Passo

Assinalar o que você deseja. Ao entrar no site poderá observar 5 opções. E Vc deve escolher apenas uma. As opções Sugerir ou Solicitar ou Reclamar são as que casam mais com o movimento.

3º Passo

O próximo campo é “Destinatário(s) da mensagem”

Em Nome do Deputado Vc marca: TODOS
Em Partido vc marca: QUALQUER
Em Sexo vc marca: QUALQUER
Em UF vc marca: QUALQUER

4º Passo

No campo Remetente Vc colocará seus dados

5º Passo

No campo “Seu comentário:” vc irá colar a mensagem que move a iniciativa que é o manifesto abaixo.

6º Passo

Clicar em ENVIAR
Além de enviar aos deputados, envie o seu nome e/ou da sua entidade para adicionarmos na relação de assinaturas que segue abaixo da carta para redeinclusiva@gmail.com

***

Sem acessibilidade não há equiparação de oportunidades e nem igualdade de direitos.

CASA PARA A VIDA TODA? PARA TODOS?

A Medida Provisória nº 459/2009 refere-se ao Programa minha casa minha vida - www.minhacasaminhavida.gov.br, iniciativa do Governo Federal. Ela ainda não foi votada na Câmara dos Deputados e apesar de haver 307 emendas apresentadas, nenhuma se refere à garantia de equidade para pessoas com deficiência, que representam 14,5% da população total do Brasil (equivalente a 27 milhões de pessoas).

A MP ignora, em seu texto, os princípios do desenho universal e da acessibilidade, preconizados na Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, ratificada pelo Brasil com equivalência de emenda constitucional, através do Decreto Legislativo 186/2008.

A única menção à acessibilidade consta dos parâmetros apresentados pela Caixa Econômica Federal e se limita às “áreas de uso comum, unidades habitacionais e garagens”. Concluímos que, sem a existência da obrigação de fazer acessibilidade e desenho universal, as pessoas com deficiência que comprarão as residências, poderão circular de forma acessível apenas nas áreas externas.

Há a previsão de porta externa de 80 centímetros, insuficiente para a passagem de cadeira de rodas, geladeiras e móveis. Como a planta de cada imóvel depende de sua localização, topografia, etc., não há como saber se a pessoa vai conseguir circular na própria casa.

Caso consigam entrar, pessoas com deficiência física continuarão tomando “banho de pano” na sala, por não conseguirem entrar no banheiro, para citar um exemplo, em mais 1.000.000 de casas.

A falta de acessibilidade e do desenho universal prejudica pessoas com deficiência física, com mobilidade reduzida, idosos, gestantes, crianças, obesos, doentes, dentre muitas outras pessoas.

Há uma forte correlação entre Deficiência e pobreza, o que significa que parcela considerável deste segmento social mais uma vez foi tratada como cidadãos de segunda classe, “invisíveis” aos olhos dos legisladores.

Somos a favor do direito à moradia digna e exigimos que esse importante programa seja para todos, com ou sem deficiência.

Associação dos Paraplegicos de Uberlandia
Federação Brasileira das Associações de Sindrome de Down
Amankai Instituto de Estudos e Pesquisas
Centro de Vida Independente-Bahia
Centro de Vida Independente-Campinas
Rede Inclusiva
FORINPE-UERJ
Instituto de Estudos da Religião (ISER)
Fórum Permanente de Educação Inclusiva
Centro de Estudos Multidisciplinar Pró Inclusão - Belas Artes
Grupo Síndrome de Down
Grupo RJdown
Grupo Educautismo
Projeto Roma Brasil
Núcleo Pró-Acesso da UFRJ.
Coletivo Estadual de Professores e Professoras com Deficiencia da APEOESP.
Comissão de Educação do Coinselho Municipal da Pessoa com Deficiencia de Osasco.
Coletivo de Trabalhadores com Deficiencia da CUT de Osasco.
MODEF - Movimento em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiencia.
CEPDE - Conselho Estadual para a Política de Integração da Pessoa Portadora de Deficiência do RJ
CEAPcD-Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com Deficiência de São Paulo.
Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Jaú/SP
Centro de Vida Independente (CVI-Rio)
APAE São Marcos
Associação Brasileira de Atrofia Muscular Espinhal
SORRI-BAURU
Isaias Dias-Vice presidente do CONADE-SEDH e Coordenador do Coletivo Estadual dos Trabalhadores(as) da CUT-SP
Claudia Grabois-Presidente da Federação Brasileira das Associaçoes de Síndrome de Down, Coordenadora da Comissão de Políticas Públicas do CONADE-SEDH e Rede Inclusiva
Ana Paula Crosara-Associação dos Paraplégicos de Uberlância e suplente da OAB no CONADE
Regina Atalla-Centro de Vida Independente-Bahia
Luiz Claudio Pontes- Presidente do CEPDE - Conselho Estadual para a Política de Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
Marta Esteves Almeida Gil-Coordenadora do Instituto Amankay
Marcio Aguiar-Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Niterói
Márcia Paes Gori-CAD-Clube Amigos dos Deficientes e presidente do CEAPcD-Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com Deficiência de São Paulo.
Regina Cohen-Núcleo Pró Acesso UFRJ e Rede Inclusiva
Fabio Adiron-Coordenador do FoPeI e moderador do grupo Síndrome de Down
Warney Viana-Coletivo Estadual de Professores e Professoras com Deficiencia da APEOESP e Coletivo de Trabalhadores com Deficiencia da CUT de Osasco.
Pedro strozenberg - Diretor Executivo Instituto de Estudos da Religião (ISER)
Katia Fonseca-Vice-presidente do Centro de Vida Independente de Campinas
Patricia Almeida-Diretora da Agência Inclusive
Lucio Carvalho-Coordenador da Agência Inclusive
Marco Antonio de Queiroz -Bengala Legal
Cláudio José de Brito de Aracaju/Se-Associação C.I.E.P.-Centro Integrado de Esportes Paratretas e da ADM/SE -Associação dos deficientes motores de sergipe
Ralaela Sandri de Castilhos-APAE São Marcos
Karoline Maria C França Pinto - Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Jaú/SP
Angélica F. B. Picceli - Lab. Adaptse UFMG
Anthony Robert Joseph Nicholl-SORRI-BAURU
Leandra Migotto Certeza. Voluntária da Associação Brasileira de Osteogenesis Imperfecta
Samuelson Aguiar Sales
ABRAME (Associação Brasileira de Atrofia Muscular Espinhal)
Lilia Pinto Martins-Presidente do CVI-Rio
Flavia Maria de Paiva Vital
Flavia Boni Litch
Antonia Yamashita
Cristiane Dieter
Regina Peixoto Vasquez
Rafaela Sandri de Castilhos
Anderson Da Cunha Farias
Maria Bernadete Lula de M. Cruz
Liliane Garcez
Luiz Henrique de Paula Conceição
Carla Maria de Oliveira Costa
Cleverson de Souza
Eduardo Soares Guimarães
Vitor Ribeiro Filho
Flavia Gonçalves de Oliveira
Dora Lúcia Crosara de Resende
José Jacob Netto
Ana Claudia Correa
Claudia Aguiar
Jaime Grabois
Carol Ganon
Andrei Bastos

Espaço do Passageiro

ANAC cria Ranking Popular para passageiro avaliar a qualidade das companhias aéreas

No Espaço do Passageiro, usuários poderão eleger as melhores empresas em pontualidade, atendimento, bagagem e outros itens

Brasília, 19 de maio de 2009 – A partir de hoje, o passageiro poderá eleger as companhias aéreas nacionais e estrangeiras que prestam os melhores – e os piores – serviços no Brasil. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) lança o Espaço do Passageiro, uma página na Internet onde o usuário dará notas às companhias com voos regulares em diferentes quesitos de qualidade de seus serviços. O objetivo da nova página é fazer com que os usuários possam ver a avaliação de outros passageiros sobre as companhias aéreas, de modo que essa informação o ajude a escolher a companhia aérea de sua próxima viagem.

O Espaço do Passageiro pode ser acessado através da página da ANAC na Internet ou diretamente pelo atalho www.anac.gov.br/passageiro. Onze quesitos estão disponíveis para avaliação e o passageiro pode dar suas notas em quantos desejar. São eles: Atendimento, subdividido em Venda da Passagem; pela Internet; no Check-in; na Sala de Embarque; de Reclamações; e de Necessidades Especiais; Relação Custo-Benefício; Conforto da Aeronave; Pontualidade; Serviço de Bordo; e Cuidados com a Bagagem. As notas variam de 1 a 10 (quanto maior, melhor a avaliação do serviço) e o usuário poderá voltar ao Espaço do Passageiro para rever sua avaliação (para melhor ou para pior) sempre que desejar. No caso das companhias brasileiras que também voam ao exterior, será possível avaliar sua atuação de forma separada nos voos domésticos e nos internacionais.

Para garantir a segurança da votação, o passageiro deverá cadastrar login, nome completo, número do CPF e senha personalizada. Quando quiser alterar sua avaliação, ele usará esse login e senha, associado ao seu CPF, para acessar as notas dadas da última vez. Mas quando o passageiro quiser apenas visualizar os resultados do Ranking Popular, ele não precisará estar cadastrado nem entrar com seu login e senha.

O Espaço do Passageiro irá processar as notas de todos os passageiros de forma automática para formar o Ranking Popular da qualidade dos serviços das empresas de aviação. O passageiro encontrará todas as empresas que estão operando voos nacionais e internacionais no Brasil, mas as companhias aéreas só começarão a figurar no Ranking Popular quando alcançarem um mínimo de 100 avaliações em pelo menos 4 quesitos.

Na página, o usuário poderá ver não apenas a média de cada companhia aérea, como também o total de passageiros que fizeram sua avaliação e acompanhar o crescimento da participação popular no Ranking.

A página do Espaço do Passageiro traz ainda links para a Ouvidoria da ANAC e para a área de Relacionamento com Usuários, que recebe opiniões, dúvidas e queixas sobre os serviços prestados pelas empresas aéreas e demais instituições reguladas e fiscalizadas pela Agência.

Assessoria de Comunicação Social da ANAC
jornalismo@anac.gov.br
Telefones (61) 3441- 8369 / 8370 / 8371 / 8372
Plantão – (61) 9112-8099

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Cidade Inclusiva na CBN Rio

O boletim semanal Cidade Inclusiva estreiou hoje na rádio CBN Rio. O programa irá ao ar toda segunda-feira, às 11h, após o Repórter da CBN e será apresentado por Georgette Vidor, professora de ginástica artística e presidente da ONG Qualivida.

(Clique aqui para ouvir o programa de estreia)

Cartilha IBDD dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Informativo IBDD, 15/05/2009:

Cartilha IBDD dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Com apoio de Furnas Centrais Elétricas, estamos lançando a Cartilha IBDD dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O objetivo principal é fazer dela um instrumento indispensável para a efetivação de alguns dos direitos básicos da pessoa com deficiência.

Por já ter uma larga experiência na luta pelos direitos do segmento em seus 10 anos de existência, usando uma metodologia de ação que visa dar poder à pessoa com deficiência e buscar novas formas de políticas públicas, o IBDD acredita que esta cartilha será muito útil para este setor.

A cartilha traz informações sobre questões muito procuradas por pessoas com deficiência e seus parentes, como o Benefício da Prestação Continuada (BPC), quem tem direito a passe livre e como obtê-lo, quais são as isenções de impostos para compra de um automóvel, como requerer a aposentadoria por invalidez, entre outras questões.

Entre os temas tratados, está também a luta por direitos, com dicas importantes para que a pessoa com deficiência, sempre que tratada de forma discriminatória, faça queixa em uma delegacia e procure um órgão competente. Além do Escritório de Defesa de Direitos do IBDD, que recebe denúncias, a cartilha lista também outros centros, como as Defensorias Públicas da União e do Estado do Rio de Janeiro e a Ordem dos Advogados do Brasil.

- O objetivo final da cartilha é juntar informações relevantes sobre o dia-a-dia da pessoa com deficiência e dar condições para que ela conheça seus direitos, tenha meio de cobrá-los e condições de garanti-los e possa exercer sua cidadania, diz Teresa Costa D’Amaral, superintendente do IBDD.

A cartilha pode ser obtida no IBDD através de contato por email ou no site.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

CBN Rio estreia programa sobre inclusão social de portadores de deficiência

Portal Comunique-se, 14/05/2009:

CBN Rio estreia programa sobre inclusão social de portadores de deficiência

Da Redação

O boletim semanal Cidade Inclusiva estreia na próxima segunda-feira na rádio CBN Rio. O programa irá ao ar às 11h, após o Repórter da CBN. A atração será apresentada pela professora de ginástica artística e presidente da ONG Qualivida, Georgette Vidor.

O Cidade Inclusiva vai tratar da questão da acessibilidade nas grandes cidades, mercado de trabalho e o esporte como ferramenta de inclusão para os portadores de deficiência.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Ninguém mais vai ser bonzinho


Arte e humor contra a discriminação

Espetáculo Ninguém mais vai ser bonzinho faz público pensar sobre diferenças e será apresentado, dia 16/5, no Núcleo Cantagalo do AfroReggae.

De forma bem humorada e nada didática, o grupo de arte para transformação social Os Inclusos e os Sisos - Teatro de Mobilização pela Diversidade fala sobre diferenças e desigualdades no espetáculo Ninguém mais vai ser bonzinho, que será apresentado no dia 16 de maio, às 18h, no Núcleo Cantagalo do AfroReggae (Rua Saint Roman, 200 , Ipanema - Rio de Janeiro). O texto e direção é de Diego Molina e a supervisão de Bosco Brasil. O espetáculo tem entrada franca e classificação indicativa de 14 anos.

A peça é uma comédia ágil e de suspense policial que mostra formas sutis de discriminação evidenciadas por uma situação limite. Quatro pessoas, uma com Síndrome de Down, estão presas em um ônibus que foi seqüestrado. Sem perspectiva de ajuda, elas precisam encontrar uma maneira de sair da situação, sob a ameaça iminente da volta dos bandidos.

O espetáculo inova ao oferecer de forma inédita acessibilidade total na comunicação ao público. São oferecidos programas impressos, em braile e meio digital. Haverá também tradução para a de Língua Brasileira de Sinais (Libras), legenda eletrônica, para pessoas surdas ou com deficiência auditiva, e também audiodescrição para pessoas cegas ou com baixa visão.

A peça

O espetáculo é inspirado no livro “Ninguém mais vai ser bonzinho, na sociedade inclusiva”, de autoria de Claudia Werneck, jornalista e fundadora da ONG Escola de Gente - Comunicação em Inclusão e autora de outras 11 obras sobre inclusão para crianças e adultos. Segundo Claudia, são raras as iniciativas artísticas que possuem preocupação com a democratização cultural. “Infelizmente, mesmo sendo legislação no país, os espetáculos e projetos culturais continuam a discriminar algumas condições humanas”.

Ninguém mais vai ser bonzinho – Circulação Nacional tem patrocínio da Oi, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, parceria da Fundação Avina, e apoio do Afroreggae, Rede Latino-americana de Arte e Transformação Social e Oi Futuro.

Sobre o grupo

Os Inclusos e os Sisos - Teatro de Mobilização pela Diversidade é um projeto de arte para transformação social e cultural criado pela ONG Escola de Gente - Comunicação em Inclusão. Formada por sete artistas, a companhia de teatro profissional foi capacitada pela Escola de Gente para, de forma lúdica e provocativa, falar da diversidade, disseminar o combate à discriminação e provocar a reflexão sobre a prática de uma sociedade inclusiva. Em 2007, Os Inclusos e os Sisos passou a integrar a Rede Latino-americana de Arte para a Transformação Social, apoiada pela Fundação Avina.

Desde de 2003, Os Inclusos e os Sisos já se apresentou para mais de 25 mil pessoas em teatros, escolas, empresas, fóruns, congressos e outros espaços sociais, em 13 estados de todas as regiões do país. O grupo cria textos, figurinos e coreografias para esquetes que abordam situações de discriminação no dia-a-dia. Esse trabalho tem sensibilizado jovens e adultos sobre formas sutis de discriminação nos ambientes de trabalho, na escola e na vida em sociedade.

Serviço

Peça: Ninguém mais vai ser bonzinho
Data: 16 de maio, às 18h
Local: Núcleo Cantagalo do AfroReggae
Endereço: Rua Saint Roman, 200 , Ipanema - Rio de Janeiro, (21) 2227.4763

Acesso pela comunidade:

Entrar pela Rua Sá Ferreira, ao lado do Hotel Ducasse, seguir pela Rua Saint Roman, até o final, entrando pela estrada do Cantagalo, até o CIEP João Goulart.

Entrada Franca.
Classificação Indicativa: 14 anos

Contato com a imprensa e solicitação de imagens:

Coletivo Comunicação
Liseane Morosini - (21) 8885-1486
Eliane Araujo - (21) 8131-9210

Minha Casa e Minha Vida inacessíveis

Pessoal,

Olha mais uma coisa para ficarmos alertas e discutirmos com quem de direito:

O programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, vai construir um milhão de casas para a população de baixa renda.

http://www.minhacasaminhavida.gov.br/

Nenhuma - repito - nenhuma dessas casas tem acessibilidade e muito menos segue o Desenho Universal.

Podem também ver na MEDIDA PROVISÓRIA Nº 459, DE 25 DE MARÇO DE 2009:

http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2009/Mpv/459.htm

Ou seja: muitas pessoas com deficiência, que provavelmente participarão do Programa, terão que continuar tomando “banho de pano na sala”…ou fazer um sacrifício ainda maior para pagar a casa e a reforma para torná-la acessível…

Precisamos convercer o governo federal a participar da campanha de Acessibilidade…

Um abraço,

Fábio Adiron
Inclusão : ampla, geral e irrestrita
http://xiitadainclusao.blogspot.com/

terça-feira, 12 de maio de 2009

Avenida Paulista ganha guardiã da mobilidade

Estadao.com.br, 12/05/2009:

Avenida Paulista ganha guardiã da mobilidade
A cadeirante Julie Nakayama, de 22 anos, começou ontem a sua tarefa de fiscalizar as condições das calçadas de um dos símbolos de São Paulo

Edison Veiga

Os problemas podem passar despercebidos para quem não tem deficiência física ou dificuldade de locomoção. Mas são uma pedra no caminho daqueles que precisam cruzar a avenida com o auxílio de cadeira de rodas, muletas ou bengala. Bastaram 500 metros de caminhada, com a reportagem do Estado, para que a cadeirante Julie Nakayama, de 22 anos, encontrasse quatro falhas no calçamento. “As concessionárias quebram o piso para prestar seus serviços e depois remendam mal, deixando desníveis”, diz ela, sobre o principal problema encontrado, consequência, em geral, de reparos feitos por companhias de fornecimento de água, de energia ou de gás.

Desde ontem, sua missão é relatar falhas assim - e também buracos, mesinhas de bares na calçada que atrapalhem a passagem, carros-forte estacionados que não deixam espaço para uma cadeira de rodas - à Gerência da Avenida Paulista, criada no ano passado. Para, desse modo, tentar melhorar a vida dos paulistanos que têm algum tipo de deficiência ou dificuldade de mobilidade e utilizam a avenida símbolo da cidade. “Passarei metade do dia aqui e metade na Câmara, em horários alternados”, conta ela, que é contratada como assistente parlamentar da vereadora Mara Gabrilli (PSDB), também deficiente. “Ela vai contribuir com seu olhar, por vivenciar isso no dia a dia”, diz a vereadora. “Se o trabalho der certo, podemos pensar em expandir para outros pontos da cidade.”

Formada em Publicidade pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), Julie foi nadadora - entre os 9 e os 16 anos de idade disputou provas internacionais - e atua como bailarina e atriz. Integrante do Movimento Superação, participa anualmente da passeata que acontece na Paulista, sempre em 3 de dezembro, em referência ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. “Minha luta sempre foi pela independência da pessoa com deficiência”, diz ela, que convive com a situação desde o nascimento.

Em seu primeiro dia de trabalho, ela utilizou um caderninho para anotar os problemas encontrados - e enfrentados - no percurso. Em breve, o trabalho será mais hi-tech. “Estamos querendo mandar as informações para a Gerência da Paulista via mensagem de texto de celular, para agilizar”, conta. Em http://guardiadapaulista.ning.com, ela mantém um blog colaborativo - que permite a postagem de conteúdo de autoria de leitores previamente cadastrados - e pode ser seguida pelo serviço de microblogs Twitter (www.twitter.com/guardiapaulista). “A ideia é que todos possam me ajudar a fiscalizar a avenida”, afirma Julie, nitidamente empolgada.

A princípio, o foco será voltado para a manutenção da acessibilidade das calçadas - que, após a reforma concluída no ano passado, se tornaram adaptadas a quem tem dificuldades de locomoção. Mas Julie não esconde qual é sua segunda meta: sensibilizar os comerciantes instalados na avenida para também tornarem seus estabelecimentos acessíveis aos deficientes. “Nós ganharemos com isso. E eles também, já que terão mais clientes”, defende. “Os condomínios também precisam se adaptar.”

Julie esquematizou sua rotina de modo a checar um trecho da avenida por dia. “Assim conseguirei ver tudo”, explica, deixando claro que vai se deter em qualquer detalhe que encontrar. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), cuja sede fica em um ponto central da avenida, cedeu um espaço em seu prédio onde vai funcionar o QG de Julie. “Terei onde guardar minhas coisas e utilizar o banheiro”, explica. “Também deixarei meu carro estacionado lá.”

O gabinete da vereadora faz planos pensando no sucesso de Julie. Se tudo der certo, a guardiã deve virar gibi. Está em estudo a ideia de publicar os problemas da avenida em quadrinhos. E Julie, claro, seria a protagonista. Nada mal para quem tem uma ligação umbilical com a Paulista. Ela, que sempre morou na Vila Prudente, na zona leste de São Paulo, veio ao mundo em 1986 no Hospital Santa Catarina, no número 200 da avenida.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A cidade inimiga dos deficientes

O Globo Online, Ancelmo.com, 11/05/2009:

VEXAME CARIOCA
A cidade inimiga dos deficientes

Um carioca amante de peladas teve uma contusão séria no joelho e, por três meses, viverá a experiência de andar de muletas pelo Rio de Janeiro. Nas primeiras duas semanas, ele se deparou com alguns problemas e entendeu a dificuldade por que passa um deficiente físico que vive nesta terra morena e tolerante. À lista:

1) Calçadas esburacadas.
2) Carros que não respeitam a faixa de pedestres. Como é complicado se locomover num pequeno trecho para desviar deles!
3) No ônibus, dificilmente alguém dá lugar.
4) As pessoas olham os deficientes como se fossem aberrações.
5) Na pressa, muita gente esbarra em quem se mexe lentamente e sequer pede desculpa. Pior: nem olham para trás.

A conclusão dele:

“A cidade e a população são incapazes de criar condições favoráveis para facilitar a vida dos deficientes. Se para mim, esses três meses vão ser horríveis, fico imaginando quem carrega uma deficiência pelo resto da vida.”

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Fórum Zona Oeste: “Cidadania, Dignidade e as Pessoas Deficientes”

FÓRUM ZONA OESTE:
“CIDADANIA, DIGNIDADE E AS PESSOAS DEFICIENTES”

VENHA PARTICIPAR DESTE MOMENTO DE CIDADANIA.

TEMAS ABORDADOS:
ACESSIBILIDADE, POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE, EDUCAÇÃO, REABILITAÇÃO E TRABALHO PARA AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA.

LOCAL: SALÃO DA IGREJA DE SANTANA, EM CAMPO GRANDE.
(PRÓX. AO WEST SHOPPING)

Não falte, sua participação é muito importante. Convide um amigo.

DIA: 23/05/2009 - SÁBADO
15:00 HORAS

Principal Assunto da Pauta:
Informações importantes da nova gestão da Secretaria Municipal da Pessoa
Deficiente, planejamentos, entre outros.

PARTICIPAÇÃO DO SECRETÁRIO
MUNICIPAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
MÁRCIO PACHECO.

INFORMAÇÕES:
DENISE – 8755-2149, TANIA - 8717-4478, RICARDO - 8601-1595

Fale conosco
E-mail: denimaeespecial@hotmail.com

domingo, 3 de maio de 2009

Deficiência moral

ANDREI BASTOS

Falar “deficiência moral” assim, sem explicar, parece redundante, pois este é o maior padecimento da sociedade brasileira, em especial da sua representação política, na sua maior parte ilegítima e não merecedora de nenhum respeito. Mas estou me referindo é ao projeto do deputado Efraim Filho de cota para deficientes em instituições públicas de ensino médio e superior, que, ao menos de mim, também não merece respeito.

Qual é a desse Efraim? Será que ele está querendo promover a inclusão das pessoas com deficiência na bandalheira geral nacional, de acordo com a lei do pobre Gérson, ou está mediocremente catando votinhos de coitadinhos, e de quem pensa que somos coitadinhos, para se manter na mordomia da capital federal?

Mesmo sem considerar que os dez por cento reivindicados já são um exagero, que somados às outras cotas formam o absurdo de deixar apenas 40% para quem não é negro, pobre ou deficiente e apenas estuda, o projeto do Efraim representa, mais do que gigantesco retrocesso para a emancipação plena das pessoas com deficiência, um verdadeiro ato de discriminação, à semelhança do famigerado projeto de Estatuto do coitadinho do Paulo Paim, e o deficiente que o defender estará equivocado, se autodiscriminando.

Fazer a coisa certa, que é bater de frente com o Executivo e cobrar tudo o que seja necessário para as pessoas com deficiência poderem assistir às aulas – da acessibilidade arquitetônica aos softwares para cegos –, para poderem chegar nas escolas e faculdades – da acessibilidade nas vias urbanas a um sistema de transporte público acessível –, isso pouca gente faz porque gera antipatia e não serve às negociatas eleitoreiras ou de sinecuras. É mais fácil fazer demagogia com um projeto como esse, enganar os coitadinhos, os que pensam que somos coitadinhos, e favorecer aos que vivem de olho em mordomias.

Ô Efraim, deixa de ser Paim! Afinal, como ficará a autoestima de meus amigos paralisados cerebrais que passaram no vestibular, se formaram, e exercem o jornalismo com uma competência pouco comum, ou do rapaz pobre e tetraplégico, morador de subúrbio distante, que passou para Ciência da Computação na UFRJ, assim como a de tantas outras mentes brilhantes de pessoas com as mais diversas deficiências? Dá só uma olhada na História para você ver quantos deficientes contribuíram para o progresso humano. Você vai encontrar de Beethoven a Roosevelt.

E o coitadinho do Efraim ainda diz que a cota para deficientes é mais justa do que as raciais “porque vai corrigir uma desigualdade visível”…

Ex-aluno do colégio Pinócchio-Visão, o deputado diz que “um aluno cego não disputa o vestibular em igualdade com outro que enxergue, mesmo que os dois tenham recebido a mesma formação escolar”. Claro, ô Paim, quer dizer, Efraim! Para igualar as condições, o cego precisa de braile ou software leitor de tela! A bem da mais visível verdade, inteligência e capacidade para estudar os cegos têm, e muitas vezes mais do que quem não é cego e estudou no colégio Pinócchio-Visão.

Em outra pérola do pensamento efrainiano, o parlamentar solta que “a divisão das vagas vai depender do bom senso, porque há deficientes que também se enquadram nos critérios de renda e etnia”. Descontando o fato de que não deva ser o bom senso a reger partilha de tal natureza, podemos dizer que esta é uma conclusão brilhante diante da possibilidade de ele vir a defender que os deficientes negros e pobres podem acumular três vagas, três carteiras escolares, três diplomas etc.

Representante do povo paraibano, todos nós sabemos que o maior problema do Brasil, e certamente mais ainda do seu estado, é justamente a pobreza. Porque não gastar sua energia de jovem parlamentar promovendo maior distribuição de renda na terra em que nasceu e no resto do país? Trabalhe para garantir a melhor educação inclusiva possível para todas as crianças brasileiras pobres, deputado. Qualquer levantamento estatístico indicará que a maioria das crianças com deficiência, negras ou não, está nas camadas de baixa renda, que não têm nem mesmo a atenção devida na hora do parto. Fazendo isso, certamente resolveremos com facilidade todo o resto, sem necessidade de passar um atestado de deficiência moral como esse projeto de lei.

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Leia também:

Estatuto do coitadinho

sábado, 2 de maio de 2009

Ópera terá audiodescrição para deficientes visuais no Teatro Amazonas

Portal Amazônia, 27/04/2009:

Ópera terá audiodescrição para deficientes visuais no Teatro Amazonas

MANAUS - A XIII edição do Festival Amazonas de Ópera realizado no Teatro Amazonas oferecerá aos portadores de necessidades visuais o serviço de audiodescrição. A estréia, segundo o secretário estadual de cultura, Robério Braga, será durante a segunda apresentação da ópera `Sansão e Dalila’, que acontecerá amanhã (28). Ao todo, 50 fones serão disponibilizados para deficientes visuais.

“É como se há muito tempo eu estivesse de olhos fechados para o mundo e de repente começasse a enxergar o que nunca tinha visto”. A impressão é de um deficiente visual, maravilhado com a apresentação da ópera `Sansão e Dalila’. Gilson Moura, que não enxerga há 29 anos, participou do teste do novo serviço que será oferecido pelo Teatro.

Audiodescrição

A audiodescrição é a técnica de transformar a imagem em palavras. Funciona como um sistema de tradução: o ouvinte recebe as informações via fone de ouvido de um audiodescritor, que fica em uma cabine assistindo ao espetáculo e repassando informações que vão desde o cenário até o figurino e entrada e saída de cena de personagens.

Para isso, 18 pessoas entre funcionários da Secretaria Estadual de Cultura (SEC), Teatro Amazonas e Biblioteca Braille, estão sendo treinadas pela operadora de telefonia Vivo, patrocinadora do projeto. Para cada apresentação, elas estudam antecipadamente informações técnicas sobre a obra e acompanham os ensaios. “É uma ação pioneira no Amazonas e a técnica é muito recente no Brasil”, explicou a professora do curso, Lívia Maria Motta, que veio de São Paulo para ministrar a aula presencial.

São 42h de curso à distância, por meio de videoconferência e em ambiente virtual de aprendizagem, além das aulas presenciais. Tudo para garantir o que ela define como ’ser os olhos do outro’.

“Para quem está repassando as informações também é um ganho por que amplia a sua visão de mundo. Ele passa a prestar atenção em detalhes que antes passavam despercebidos”, afirmou Lívia.

Para qualquer outro espectador, a ópera é compreendida via telão, onde se lêem as legendas traduzidas. Para um deficiente visual essa e as demais manifestações de artes visuais, ficavam obrigatoriamente de fora de seu reperouvido poderão ter acesso à tecnologia de qualquer ponto do Teatro. “Eles poderão escolher livremente o assento que quiserem”. Não será acrescido nenhum valor ao ingresso por conta da novidade.

A idéia é ampliar a tecnologia para museus, exposições de artes visuais, cinemas e peças de teatro. “O Teatro Vivo em São Paulo adotou o sistema em 2007 e foi o primeiro no País e dar acessibilidade a todos”.

Segundo a professora, o sistema serve também para pessoas que têm o sistema cognitivo comprometido, como portadores de dislexia ou outro tipo de deficiência intelectual.

Este é o segundo convênio que a Biblioteca Braille do Amazonas realiza com a Vivo. Em fevereiro deste ano, dez apostilas do Ensino Médio e oito do Ensino Fundamental foram lançadas em versão áudio para os alunos.

A ópera `Sansão e Dalila’ será apresentada pela última vez no XIII Festival Amazonas de Ópera (FAO) amanhã, a partir das 20h.

Fonte: Diário do Amazonas - AL
Dica: Paulo Romeu