sexta-feira, 20 de junho de 2014

Experiências doidas do Cacá

Uma coleira para o cão

Cassiano Fernandez

Estar em Paris, uma das mais belas cidades do mundo, é uma experiência inenarrável, andando a pé pelas ruas qualquer idiotice se torna algo indescritível devido ao padrão arquitetônico seguido.

Os últimos três dias em Paris, antes que regressássemos ao Brasil, à dura realidade, foi de muita diversão e intensidade. Fizemos até o que se chama de turismo religioso: visitando quantas igrejas fosse possível. Até que meu pai resolveu que o último dia na cidade seria quase que inteiramente dedicado à seguinte tarefa: achar uma coleira para Tina, nosso labrador de estimação.

A última que podem dizer sobre a Tina é que ela é um cão comum, pois a mesmice passa longe. Então, nada mais justo que ganhasse dos “pais” uma coleira francesa.

Passamos o dia debaixo de chuva em busca de uma “Pet Shop”, até que pelas tantas voltamos os três para o apartamento para pensar em uma melhor solução.

Papai, porém, não desistira do seu objetivo e obstinado disparou:

- Vocês fiquem aí que eu vou ver se encontro essa coleira.

Chovia e a temperatura era de aproximadamente nove graus.

Ele se foi e o tempo passava, se aproximando cada vez mais a hora de estar no aeroporto, pois, como manda a práxis, há que se estar no mesmo pelo menos duas horas antes do embarque.

Minha mãe e eu nos distraíamos com outras coisas, conversando ou terminando de fechar as malas, deixando o apartamento limpo.

Meia hora antes do horário marcado com o motorista que nos levaria ao aeroporto, eis que meu pai surge de volta esbaforido, mas com um sorriso de ponta a ponta no rosto, pois tinha encontrado aquilo que fora procurar: uma coleira vermelha com detalhes em metal.

Devo confessar ao caro leitor que por um breve momento torci para que perdêssemos o voo de volta para o Brasil.

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