Andrei Bastos e Isabel Maior lideraram o encontro
- Agência O Globo
Pessoas com deficiência debatem mais
inclusão
Evento no Rio lembrou ativistas
históricos e fez o alerta: toda a sociedade ganha com melhora na acessibilidade
POR EDUARDO VANINI
18/07/2014 6:00
RIO - A
luta pela inclusão da pessoa com deficiência deve ser de toda a sociedade. Esse
foi o mote de um encontro que relembrou a história de movimentos políticos
pelos interesses desse grupo e discutiu novas causas, nesta quarta-feira, no Midrash
Centro Cultural, no bairro carioca do Leblon.
Liderado
pela ex-secretária Nacional de Promoção dos Direitos e da Pessoa com
Deficiência, Izabel Maior, e o presidente do Conselho Municipal de Defesa dos
Direitos da Pessoa com Deficiência do Rio (Comdef-Rio), Andrei Bastos, o evento
começou com a exibição do documentário “História do movimento político das
pessoas com deficiência no Brasil”, de Aluizio Salles Junior.
A sessão,
que contou com recursos como interpretação em Libras, legendas e audiodescrição
das imagens, mostrou personagens que marcaram a história da luta pela inclusão
no Brasil. Mas a celebração de conquistas também mostrou que a luta não pode
parar.
— Não
queremos que a fala dessas pessoas se perca. Mas também precisamos lembrar como
ainda há muito a ser feito. As novas gerações precisam continuar com essa
história — pontuou Izabel. — E essa luta tem que ser de todo mundo. Afinal,
qualquer pessoa pode precisar de um serviço adaptado em determinada fase da
vida. Por que só cegos e cadeirantes têm que pedir calçadas melhores? Quem
nunca teve um problema com calçada?
NO FOCO,
OS GRANDES EVENTOS
Ao
mencionar temas atuais que merecem atenção, Izabel lembrou que a “bola da vez”
são os grandes eventos, cujo legado precisa ser acompanhado no que toca à
acessibilidade. Outro ponto destacado foi a empregabilidade.
— Ainda
há a visão de que o deficiente físico gera improdutividade. Isso é errado.
Essas pessoas já estão na faculdade e concluem seus cursos com bons resultados
— pontuou.
Andrei
destacou a necessidade de ampliar o foco sobre uma educação infantil mais
inclusiva.
— Se os
adultos ainda são invisíveis, com as crianças é muito pior — comparou. — Além
disso, com adultos, que são pessoas já formadas, é muito mais difícil combater
o preconceito. Se ensinarmos às crianças da maneira correta, teremos uma
geração de brasileiros livre do preconceito.
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Fonte: O Globo Online
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