sábado, 16 de agosto de 2014

Evento no MPRJ foi um sucesso!

 
Começou o seminário Rio Cidade Acessível a Todos!
O jornalista Andrei Bastos, do Comdef-Rio, abriu a discussão destacando que só recentemente a sociedade passou a levar em conta a luta dos deficientes pela acessibilidade nos espaços públicos.
"Parece que descemos nesse planeta há pouco tempo", disse Andrei, após saudar "terráqueos e extraterrestres"....
 
 
Auditório lotado no evento RIO - CIDADE ACESSÍVEL A TODOS.
 
 
O promotor de Justiça Rafael Lemos, subcoordenador do CAO Idoso, destacou a Emenda Constitucional 45, de 2004, que se tornou parte integrante da Constituição e representa um marco legal importante ao determinar que toda legislação criada a partir de então adote o conceito de acessibilidade.
"Ela traz um novo conceito de pessoa com deficiência, substituindo um parâmetro médico para um conceito mais social. Em segundo lugar, desenvolve e aumenta a ideia de desenho universal e sua abrangência. E, por fim, cria um princípio de acessibilidade multidimensional, que inclui também as informações e comunicações, além da questão arquitetônica".
 
 
Coordenadora de acessibilidade da ABNT, a arquiteta e urbanista Adriana Romeiro Prado falou sobre a importância de pensar também nos idosos e não apenas nas pessoas com necessidades especiais ao projetar ou adaptar os espaços.
" O arquiteto é responsável não só por projetar os espaços mas também garantir a acessibilidade universal de todos" afirmou ressaltando, no entanto, que essa prerrogativa deve ser estendida a outros profissionais também.

 
Para Luiz Pizzoti, Gerente de Sustentabilidade e Acessibilidade da Empresa Olímpica Municipal, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos são a oportunidade que o Rio de Janeiro tem de tirar da gaveta projetos que nunca tiveram a oportunidade de ser realizados. A inspiração principal, segundo ele, é a reformulação de Barcelona para as Olimpíadas de 92.
"O espírito carioca vai prevalecer no evento e vamos fazer uma grande festa, mas é preciso preparar a cidade para que esta festa aconteça", ressaltou Pizzoti.
 

"Nem os portugueses usam mais as pedras portuguesas. É uma mania de colocar pedra portuguesa em tudo. A manutenção das calçadas tem que passar para o poder público", defendeu a arquiteta e urbanista Regina Cohen, que falou sobre problemas de acessibilidade na cidade do Rio de Janeiro e o trabalho de diagnóstico feito a pedido do Ministério dos Esportes para a Copa do Mundo.
 
 
Conselheiro federal do CAU/BR, José Antônio Lanchoti falou sobre a importância de se aplicar o Desenho Universal, de forma que os espaços e objetos atendam à maior extensão possível de necessidades.
"Temos que dar condições para que os espaços sejam utilizados com segurança e autonomia por qualquer pessoa, independente de suas características", disse Lanchoti.
Ele ressaltou ainda a importância... de se capacitar todos os envolvidos no processo construtivo.
 

"O Pelourinho, em Salvador, é um belo exemplo de adequação em ambientes históricos", avaliou Silvana Cambiaghi, fundadora da Comissão Permanente de Acessibilidade da Prefeitura de São Paulo.
Cadeirante, Silvana mostrou exemplos bem sucedidos de locais tombados que foram adaptados para garantir a acessibilidade universal, como as ruas de pedras de Roma e o Forte de Copacabana, no Rio, que ganharam faixas livres.
 
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Fonte: Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro - Cau/RJ


 

Um comentário:

Cristiane Rose Duarte disse...

Parabéns! Excelente! Que bom que as pessoas estão se conscientizando da importância da universalização dos espaços.