O TEATRO DOS SENTIDOS volta a estrear sábado, dia 11 de outubro, na
Caixa Cultural do Rio de Janeiro, com o espetáculo Feliz Ano Novo, depois da
última temporada de sucesso em Brasília. Em 2010 foi a maior bilheteria do
Teatro de Arena da mesma Caixa Cultural. A novidade tecnológica para 2014 é a
pesquisa e aplicação de um som imersivo baseado no *Iosono.
CEMIG, Caixa Econômica e Paula Wenke apresentam
o espetáculo “Feliz Ano Novo”, nos moldes do Teatro dos Sentidos, vivenciando
outra forma de encenação, experimentando aromas, sons, sabores, toques e
texturas.
Espetáculo: FELIZ ANO NOVO
Estreia: 11
de outubro
Local: Caixa Cultural Rio de Janeiro
Sala
Margot - Av. Almirante Barroso, 25, Centro
Ao lado do
Metrô - Estação Carioca
Tel.: (21)
3980-3815
Classificação etária: 12 anos
Temporada: de
11 a 26 Outubro de 2014
Horários: sábados
e domingos, às 19h
Duração: 60 minutos
Ingressos: 20,00 (inteira) / 10,00 (meia)
Deficientes físicos têm ingresso
gratuito
Acompanhantes de deficientes pagam
meia
50 espectadores
O Teatro dos Sentidos é uma nova técnica de encenação
teatral ou, simplificando, um jeito diferente de fazer teatro criado para uma
plateia de cegos, que pela deficiência perdem no teatro, TV e cinema as ações
físicas, expressões faciais ou simplesmente informações visuais. Já o
público que enxerga usa vendas durante as nossas apresentações, ficando em
iguais condições.
Criado por uma brasileira e
carioca - Paula Wenke - o Teatro dos Sentidos é caracterizado pela
utilização de textos originais ou particularmente adaptados para que haja total
compreensão da história, e a máxima estimulação dos sentidos remanescentes
(audição, olfato, paladar e tato), suprimindo a visão. Paula Wenke, começa
as suas pesquisas em 1997, com seus alunos da Casa da Gávea, Rio de Janeiro.
A Intravisão é estimulada pelos
outros sentidos e por textos ricos em ação, múltiplos cenários sugeridos,
comicidade, romance e reflexão, dando dinamismo à história representada. O
público cria suas próprias imagens a partir da memória e até mesmo do inconsciente,
gerando uma enorme gama de emoções profundas e intensas. Para tanto, temos
atores chamados atores/provocadores que são devidamente treinados para
executarem tais estímulos geradores desta enorme riqueza de sensações.
A crítica nacional e internacional
considerou o Teatro dos Sentidos como uma das criações mais relevantes em
termos de encenação dos últimos tempos. Além da busca pela qualidade
dramatúrgica criada pela diretora multimídia e poetisa Paula Wenke, o grupo
proporciona inclusão cultural, permitindo que o cego entenda totalmente uma
obra encenada; inclusão social porque emprega atores também deficientes, justo
porque neste tipo de encenação não há limitações físicas para a escalação do
elenco; e, por último, talvez o mais importante: a inclusão atitudinal gerada
na plateia de enxergantes,
especialmente. Explicamos a inclusão atitudinal através da fala a seguir:
Trechos de **Deborah Prates,
advogada e cega que assistiu ao Teatro dos Sentidos no Planetário em 2011, em
carta espontânea de agradecimento à CEMIG pelo patrocínio:
“O Teatro dos Sentidos, por
incrível que pareça, destina-se muito mais às pessoas SEM deficiência do que às
pessoas com deficiência. Paula Wenke e seu elenco fazem imensuráveis exercícios
de acessibilidade atitudinal com o público. O foco da acessibilidade atitudinal
que a pensadora do Teatro dos Sentidos propõe acontece pelo trocar de almas.
Assim acontece quando o enxergante se
coloca no lugar do cego, mesmo que numa situação prazerosa.
Ao se colocar no lugar de alguém,
sentindo o que este sente, é possível fazer nascer o sentimento de
solidariedade, o que nos caracteriza humanos, o que motiva a mudança de atitude
com relação ao outro, no caso, o deficiente.
Temos as melhores leis do
planeta para os deficientes no Brasil. Mas de nada adiantam as leis se não são
cumpridas, por descaso ou se não somos respeitados e vistos como seres capazes.
Representamos 24% da população brasileira. Significa que de cada quatro
brasileiros, aproximadamente, um é deficiente. Mesmo que não tenhamos alguma
deficiência durante a juventude, esta pode ocorrer na velhice, como: perda de
audição, visão e dificuldades de locomoção. Por estes números e informações,
percebe-se que não há saída. Não há brasileiro algum que no mínimo não vá
conviver com a deficiência física ao menos em sua família. É uma circunstância
de todos, e todos precisam saber conviver bem e proativamente com o
inexorável. Paula Wenke - com o Teatro dos Sentidos - consegue
passar/energizar a todos que mergulham em sua arte.
Somos cidadãos e consumidores.
Ter um ambiente propício para a circulação segura e comunicação eficaz faz o
deficiente ter uma vida em pé de igualdade com os outros cidadãos. Para o
empresariado e governo são mais consumidores circulando. Então, que não pensem
em nós com a abordagem do assistencialismo simplesmente. Com o Teatro dos
Sentidos percebemos, verdadeiramente, o que é ÉTICA e, principalmente, que não
basta falar em ética para ser ético. Há que haver uma sintonia entre
pensar/falar e agir.”
Exemplo disto é que contamos
com a participação de artistas plásticos, que assistirão a estreia vendados
como toda a plateia de enxergantes, e
criarão a posteriori obras que depois serão expostas no próprio espaço cênico
do Teatro dos Sentidos a partir da segunda semana de temporada. Neste período
das duas últimas semanas de espetáculo, a plateia poderá apreciar a
interpretação de cada um deles depois de tirarem as vendas, ao fim da peça. Os
cegos poderão sentir a obra de uma outra maneira, a ser pesquisada e proposta
por estes artistas, que têm por premissa criar uma obra acessível a todos.
Pelos motivos expostos
anteriormente, a Shell, Biblioteca do Tribunal Regional Federal, Embratel,
Transpetro, TV Globo, Comitê Rio 2016, procuraram o Teatro dos Sentidos espontaneamente
a fim de que fizéssemos apresentações em suas instituições, para que
causássemos este efeito em seus funcionários criativos ou funcionários que
convivem com funcionários deficientes.
Paula Wenke: “Estamos nos preparando para as
Paralimpíadas em 2016, quando receberemos inúmeros deficientes físicos do mundo
inteiro e o mundo inteiro nos acompanhará pelas transmissões e escritos da
imprensa. Em recente encontro com deficientes físicos no Rio de Janeiro no
Espaço Ideal, o que todos os oradores deficientes pediam como o maior legado do
evento: Respeito e Dignidade. Ou seja, mais do que pequenas e grandes obras de
engenharia, pediram a mudança de atitude. Com ela, o restante é decorrência.”
FICHA TÉCNICA
Concepção, texto e direção: Paula Wenke
Elenco: Igo Ribeiro, Paula Wenke, Kakau Berredo, Roberta Chaves, Renata
Di Carmo, Rogerio Frajola, Roberto Freitas, Fernando Leão, Jasmine Fonteles,
Bruno Wenke, Ana Felipe, Helena Jardim e Camila Maia
Trilha sonora: Paula Wenke
Operador de som: Júlio Hochstatter
Sonoplasta: Edinho Souza
Violinista: Diemison Lima
Programador visual: João Souza
Diretor de produção: Luiz Prado
Produtora Assistente: Francine Fonteles
Fotógrafo: Márcio Iúdice
Assessoria de Imprensa: Kassu Produções
Realizaçao: Wenke Produções Artísticas Ltda. Me
SINOPSE
Gabriel é filho adolescente de Roberto, Comandante da Marinha e viúvo. O
garoto encontra um livro de Vinicius de Moraes com uma dedicatória de amor de
uma mulher misteriosa que assina “Dama do Mar”, e pergunta ao pai sobre ela. O
Comandante se vê quase que obrigado a relembrar o encontro intenso dos dois em
uma noite de Réveillon, baile de máscaras e fantasia. O rapaz, também
apaixonado por uma coleguinha de escola, pode mudar o rumo da história
romântica de seu pai.
Sugestão Importante: Os links
colocados em vídeo logo a seguir revelam o quanto a plateia de cegos e enxergantes aprecia o espetáculo em
questão. O Teatro dos Sentidos não é só uma proposta rica em propósitos,
consegue obter críticas cheias de entusiasmo, paixão e bons presságios para o
futuro.
Links para vídeos:
Compilação
geral de depoimentos da Plateia. Lady Francisco e outros.
Paula
Wenke participa do programa Sem Censura. Apresentação de Leda Nagle
Fotos para a divulgação do
Teatro dos Sentidos.
Sugestão: as quatro últimas:
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